As informações sobre tatuagem, relatam que se acredita existirem há milhares de anos, sendo usadas para marcar prisioneiros, como também servos e escravos.
Sabe-se que gregos e romanos antigos possuíam tatuagens, além dos indianos antigos. Elas também foram usadas nos campos de concentração para marcar os Judeus.
As castas eram tatuadas como um sinal de identificação de sua condição, mas não somente isso. As tatuagens eram usadas como forma de punição, humilhando e subordinando quem as recebiam. Representavam símbolo de propriedade sobre uma mulher, onde as mesmas traziam gravado em seu corpo o nome do pai ou do marido.
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Para completar, suas ferramentas na época eram muito rudimentares. O que isso significa? Acredite! Uma agulha aquecida com fogo, era introduzida na camada superior da pele, queimando-a, e em seguida preenchida com pigmentação de cor preta. Tempo em que não havia anestesia nem mesmos pomadas para conter a dor ou acelerar o processo de cicatrização. Segundo informações, era preciso um mês para que houvesse a cicatrização.
Na Índia mais precisamente nas aldeias, estima-se que milhões de mulheres possuem tatuagem em seus corpos. Em comunidades tribais, tanto homens como mulheres são tatuados.
A antropóloga social da Universidade de Lucknow, Keya Pandey tem feito uma pesquisa ampla sobre tatuagens na parte rural e tribal da Índia, ela conseguiu identificar que entre os desenhos preferidos para as tatuagens, estão a fauna e a flora.
Nessas comunidades, entre os usuários desses símbolos que são homens e mulheres, existe a ideia de que é um símbolo de identidade, tanto na vida quanto após a morte. É uma crença de que quando a pessoa morrer e a alma viajar, seja para o céu, seja para o inferno, a pessoa poderá traçar sua ascendência quando for questionada de onde veio, diz a antropóloga.
O curioso, no entanto, é que essa prática vem sendo modificada pelas novas gerações. Muitas mulheres jovens, ainda meninas estão rejeitando essa prática que foi passada por antigas gerações.
Nas comunidades estudadas pela antropóloga, a modernidade e o desenvolvimento através do contato com o mundo exterior vêm trazendo outro pensamento, excluindo essas tradições, pensamentos estes que para muitos é um processo de rebeldia.
Em especial, esse “ato de rebeldia” no entanto é entendido por Badri, uma mãe de 40 anos, que tem tatuagens cobrindo a maior parte de seu corpo. A mãe conta que era analfabeta e aceitou sem questionar o que os pais disseram. Ela conta ainda que a filha vai à escola, e se não quer mais tatuagem, tudo bem.
Anita sua filha, uma criança de 15 anos, tem uma tatuagem em sua testa, ela disse ter sido algo muito doloroso, e que não quer nunca mais fazer outra. Além disso, os indianos educados nas cidades estão fazendo tatuagens voluntariamente e não mais por obrigação.