Comandante do Exército diz que não haverá punição ao general Antonio Hamilton Martins Mourão, por declarações de uma possível intervenção militar no país.

Em quarta, 20 de setembro de 2017 as ⌚ 09h36 | Atualizado quinta, 21 de setembro de 2017 as ⌚ 21h47
  

O comandante do Exército brasileiro, general Eduardo Villas Boas, disse que não haverá punição ao general Antonio Hamilton Martins Mourão, pelas declarações em que sugere a possibilidade de intervenção militar no país. Em palestra numa loja maçônica de Brasília na sexta (15), Mourão respondeu a uma pergunta sobre a eventualidade de uma intervenção militar constitucional. Disse que os militares poderão ter de “impor isso” e que essa “imposição não será fácil”.

"Esta questão está resolvida internamente. Punição não vai haver. A maneira como Mourão se expressou deu margem a interpretações amplas, mas ele inicia a fala dizendo que segue as diretrizes do comandante. E o comando segue as diretrizes de promover a estabilidade, baseada na legalidade e preservar a legitimidade das instituições", disse Villas Boas em entrevista ao programa Conversa com Bial, da Rede Globo, na madrugada desta quarta-feira (20).

General  Eduardo Villas Bôas  Comandante do Exército
Foto: Reprodução/Rede Globo


Mourão não teria então quebrado a hierarquia militar?
 Resposta:
 “Entre as atribuições das Forças Armadas é aplicar a lei e a ordem para defesa da pátria e das instituições, o que só poderá ocorrer por requisição de um dos poderes ou na iminência de um caos. Quando ele fala de aproximações sucessivas, ele fala também das eleições que se aproximam. É preciso ver o ambiente em que ele estava. Ele não fala pelo alto-comando.”

Essas declarações extrai a pressão que o ministro da Defesa, Raul Jungmann, impôs ao  general Antonio Hamilton Martins Mourão, após as declarações, na loja maçônica. O deixando livre de dá-lhe explicações. E de suas cobranças por  “medidas cabíveis a serem tomadas” contra o mesmo.